terça-feira, 28 de junho de 2011

Engenharia e tecnologia em prol da automação

Há muito tempo a automação deixou de ser novidade no segmento industrial, transformando-se em uma das atividades mais desenvolvidas neste setor. 

Ponto de vista

As resoluções tomadas em automação de processo podem definir, hoje, o posicionamento comercial de uma empresa, pois interferem diretamente nos resultados da capacidade de produção, na qualidade de produto/produção, na segurança operacional, na economia de energia, no custo operacional, nas taxas de manutenção, entre outros fatores diretamente relacionados aos custos de produção.
Pensando em controle de processo, o destaque é para o Controlador Lógico Programável (CLP), que proporciona algumas vantagens em soluções para projetos de automação. E há, atualmente, no mercado várias opções de CLPs, desde sistemas simples como pequenas lógicas discretas a lógicas mais complexas envolvendo comunicação em redes industriais ou controle com alta performance de resposta em tempo real.
Este produto pode, hoje em dia, substituir muitos equipamentos de comutação convencionais, ocupando menos espaço no quadro elétrico. A demanda por acessórios diminui e a instalação implica agilidade à manutenção, pois a interligação elétrica torna-se mais simples e toda a lógica de controle está inserida no CLP.

Em várias aplicações, há a necessidade de acessar parâmetros de controle, acompanhar visualmente o andamento do processo ou averiguar seus dados durante a atividade do sistema produtivo. Para isso foram desenvolvidas duas ferramentas, a Interface Homem Máquina (IHM) e os Sistemas Supervisórios.
A IHM é utilizada para visualização de dados e também para intervenções diretas no sistema produtivo. É um equipamento de intervenção operacional local, isto é, utilizada em campo junto ao processo. De acordo com as necessidades exigidas pelos diversos processos, pode-se dimensionar um hardware mais adequado. Esta flexibilidade permite que pequenos fabricantes de máquinas tenham maior acesso a esta tecnologia e capacidade de atendimento a grandes processos industriais.
Já no caso de sistemas de grande porte, em que há necessidades mais complexas de controle de processo, como operações remotas, armazenamento de dados em relatório ou centralização de controle de vários processos, é empregada uma ferramenta chamada de Sistema Supervisório.
Tratando-se de processos automatizados, não se pode deixar de lado os acionamentos eletrônicos, denominados drivers, que estão em constante desenvolvimento pelos fabricantes, sendo também de extrema utilidade em diversos processos. São indicados para controlar motores, regulando sua performance durante determinado trabalho.
No caso de controle de aceleração na partida e na parada de motores de indução trifásico, são utilizadas as soft starters, cuja função é controlar a potência enviada ao motor, no momento da partida e/ou da parada, aproveitando ao máximo suas características junto à máquina acionada; equipamentos mecânicos acelerados e desacelerados de forma suave garantem vida útil mais longa para a máquina.
Existem casos em que, além de partir e parar o motor suavemente, deve-se controlar a velocidade sobre o motor durante todo o processo. Então são utilizados os inversores de frequência, os quais, pelo controle de frequência fornecido ao motor de indução trifásico, detêm a capacidade de influenciar diretamente sobre a velocidade e o torque do motor. Essa tecnologia pode ser empregada em diversas aplicações que demandem alta resposta dinâmica e controle de torque e/ou velocidade.
Há processos mais sofisticados ainda, nos quais elevada dinâmica, controle de torque, precisão de velocidade e posicionamento são fatores decisivos para o aumento da qualidade e da produtividade. A aplicação dos servodrivers confere ainda mais recursos de controle, por exemplo. As principais aplicações para esta tecnologia são sistemas que necessitam de alta precisão de velocidade, torque e, principalmente, posicionamento.
O crescimento dos investimentos feitos pela indústria em automação tem feito surgir novas técnicas para otimização nos processos produtivos, alavancando o segmento de eletrônica em escala mundial. Estar inserido neste mercado significa atentar-se aos recursos disponíveis, aprender a utilizar cada uma das ferramentas e, a partir disso, sempre desenvolver novas soluções.

Fábio Amaral Fábio R. Amaral
Fábio R. Amaral é engenheiro eletricista e gerente da Engerey

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